Em 1891
O corpo ressequido e mutilado
de Jean Nicolas
Finalmente descansou
Mas a eternidade
Quis segurá-lo pela mão
Não morreria tão cedo
Jean Nicolas
Cada vez mais vivo
-Mais vivo do que quando carregava oito quilos
De ouro na cintura
Nos desertos da Abissínia-
A poesia antes dele
envelheceu
A poesia depois dele
Até hoje tenta renovar-se
Mas sempre à sombra
de Jean Nicolas
Arthur Rimbaud
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