quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Jean Nicolas

Em 1891
O corpo ressequido e mutilado
de Jean Nicolas
Finalmente descansou

Mas a eternidade
Quis segurá-lo pela mão
Não morreria tão cedo

Jean Nicolas
Cada vez mais vivo
 -Mais vivo do que quando carregava oito quilos
De ouro na cintura
Nos desertos da Abissínia-

A poesia antes dele
envelheceu
A poesia depois dele
Até hoje tenta renovar-se

Mas sempre à sombra
de Jean Nicolas
Arthur Rimbaud

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