Entre
o quase término
Do
tempo
Há
o ponto final à espreita
E
Tudo
ainda é
Uma
colheita magra
Porvir
enevoado
Espantalhos
opacos dançando
Num
jogo autoindulgente
Recomeço
o rito
Da
combustão
Outrora
interrompida
Num
quarto 3x4
Recomeço
quantas vezes for necessário
Por
legítima falta de rumo
(Esteticamente
um horizonte cheio de cal
E
a lascívia preenche o afeto dos olhos
E
dá um sentido para os papéis
Impregnados
dessa gentilíssima
Primeira
pessoa inventariante contribuinte
Usuária
de bruscas vigílias)
Quantas
vezes for preciso
Vou
re- incinerar esse simulacro de cera
Aguçar
a pele com óleo quente
Para
uma anestesia completa
Cicatriz
é amável virtude
E
meus mortos sempre serão
Minha
ferida mais amada
Maldoror
me devora
A
Esfinge me devora porque não atingi
O
estágio mínimo de liberdade
O
que haverá dentro da minha pele??
Deve
haver mais que um organismo
Que
funciona qual relógio
Coração
pulmões etc???
Deve
haver algo mais
Tem
de existir uma lua estrangulada
Uma
noite redefinida no cantochão
Dos
cachorros fúnebres
Algo
que eu possa extrair o que não sai
Esse
urro encoberto pela falta de intrepidez
Melhor
seria parar
Com
a transfusão de sangue
Eu
não sou o portenho dos espelhos
Não
sou o velho com borboletas na barba
Meu
CPF é inválido
Morrer
com o rosto no barro
Não
seria um ato digno
Assim,
morro como um vitorioso
Que
granjeou sempre uma insalubridade
Por
tudo
Para
que essa arte saia do corpo na velocidade de um
Míssil.