sexta-feira, 15 de agosto de 2014

canção do poeta e do mar

lanço um a um
meus poemas no mar
olhos rasos de longes
não há por que guardar

lanço um a um
meus poemas no mar
esperança desfeita
Não sei mais cantar

a água consumirá
a tinta o papel
e o vão sentir
que era só esperar

se eu tivesse coragem
juro, me atiraria no mar
mas vou ficando, ficando
sem sonhos
olhando as folhas
diluídas para sempre

é preciso não saber nadar



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