É apenas um
idiota
Que
atravanca o perfume e a paz da aurora
Pensam
Um tolo como
Artaud morto
Segurando um
de seus sapatos
Tem lesmas
no olhar e é
Egoísta como
a noite-chumbo
E o
sono-tédio-sulfúrico
Moeda
enferrujada
De país que jamais
existiu
Apenas um
idiota
Com uma
resma de equívocos
Debaixo do
braço
A caminhar
curvado
Como um túmulo
tímido
Esse idiota
sou eu
Tentando domesticar
O corpo de
um crocodilo
Machucando sem
querer
O repouso
das árvores
Que carroça
rangente o trouxe ao mundo?
Em que
estrebaria ficou escondido por tanto tempo?
E agora nos
surge pondo lágrimas de óleo
Nas vitrines
obsoletas
E ofertando
rugas
E dizendo o já
dito enterrado
Reciclando os
mortos
Que jamais
quisemos ouvir.
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