Ainda
há o café
O
café puro da manhã:
Para
o homem
–
Fruto
estrangeiro do tempo -
Entre
paredes cinzas
Da
sua pequena casa onde
Guarda
o mundo-amuleto
Ainda
há o café aromático
Preto
esfumaçante
Com
sabor de alvorada
Uma
cadeira para o domingo
E
um silêncio fabricado por ilhas
No
horizonte úmido
Não
há navegadores
Para
o verso amplo /para
As
laudas de uma embarcação
Não
há ouvido que interpretem
Um
organismo de acordes
A
forma íngreme de uma melodia
A
sensibilidade é um país devastado
As
pinturas viram gás e se dispersam
No
corredor insólito
(Há
olhar que as alimente?)
Todos
compram em óticas
Imensas
cegueiras
Acende
um cigarro
Olha
pela janela
Como
se olhasse para um lugar
Que
já não existe /e
Vai
elaborando solidões.
Muito bom Leonardo.Parabéns
ResponderExcluirMuito obrigado pela leitura! Será sempre um grande incentivo! Abraço!
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