Essa
gente que não é ninguém – Eu
Nós
– desapercebidos como cães de rua
Temos
em nosso íntimo sistemas solares
Um
cosmo cravado na alma
Essa
gente que não é nada – Eu
Nós
que guardamos a gênese do mundo
Cavernas
com pinturas rupestres ideogramas
Cavernas
cheias de morcegos ouro códices
Mares
cortantes e caravelas
Podíamos
dinamitar
As
estátuas da infâmia
Enraizadas
numa história de dor
Ou
nosso próprio corpo – semente de ossos
Mas
nos contentamos
Em
plantar fonemas no silêncio
Em
colher os rastros da madrugada
Apartados
do alarido, babel em chamas
Nós
– que não somos nada
Sabemos
a fragilidade do dia
Essa
casca de ovo
Esse
sonho oco.
Lindo. Gosto muito dos teus versos.Parabéns e avante poeta.
ResponderExcluir