que nossa investida não seja vã
que nossa luta não seja abafada
pelo ruído de serras cortando aço
e o
estrídulo de concreto
aniquilado
que exista um espaço
mesmo exíguo
para podermos respirar
e nos apropriar de símbolos ocultados
entre as pedras do nosso desatino
que nossa voz não seja um balbuciar
numa jaula de bramidos turvos
e o gesto físico
o arrojo - a palavra além da folha
permaneçam palpáveis
quando tudo derruir
por que no fim
ainda haverá música.
Nenhum comentário:
Postar um comentário