terça-feira, 15 de julho de 2014

poema II

de volta ao parco lápis
o computador
                      fabricado para não durar
                                                 
quebrou

duramos pouco - também
um pouco mais, talvez
                                     que o computador
                       e o lápis

de volta à folha branca
e a caligrafia sanguínea
e a gaveta de madeira

duramos pouco realmente
um tanto mais
                       que o grafite

e escrever
                
é  vencer
               o lápis, o papel
                                       o computador
nós mesmos.

2 comentários:

  1. Me encontro sempre em cada linha escrita por ti. Obrigada por isso!

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  2. Eu que agradeço a leitura! É o que dá sentido para o ato de escrever (continuar, continuar): beijos!

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