sábado, 28 de junho de 2014

Oito e cinco da noite


Oito e cinco da noite
- Continuo esperando o ônibus -
Oito e dez
- Acendo outro cigarro -

Se não houvesse tanta espera na vida
juro que parava com os cigarros

Oito e meia
E um desânimo profundo
Toma conta do meu ser:

Desisto de esperar
Aceito ficar eternamente
No ponto de ônibus

Deitarei no chão úmido
Dias e noites virão
Restarei – sem perspectiva
Até a desintegração total.

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