quinta-feira, 29 de maio de 2014

Poema

Duas datas inevitáveis:
E entre elas
A folha pálida
Para registrarmos alguns feitos
E- se possível -
Deixarmos nosso nome
Além da pedra derradeira

Aqueles que inventam
Uma vida para depois
Perdem a força
E o impulso de fazer luz
Sob cada instante

Se a vida possui encanto
É pela investida da morte
Que nos faz
na árvore da sabedoria
Buscar
Um pomo
Um poema
Quase novo

Nos faz
Mudar um pouco
O mundo
Com pequenos gestos
Mesmo que
- Quase certo -
Condenados
Ao olvido.

2 comentários:

  1. Estou aqui a pensar nisso tudo... algo "além da pedra derradeira"... . Preciso (precisamos) providenciar o meu "Ariel" logo, logo! Bonito poema.

    ResponderExcluir
  2. Obrigado, querida! Justificar a existência... Ela é mais breve do que parece! Fazer o melhor possível, mas não almejar grandes conquistas... Virão? A resposta está no colo dos deuses.

    ResponderExcluir