O
que odeias em mim é minha respiração intrincada
Meu
hábito de pedra embargada / minhas quimeras
Lívidas
empalhadas no antro das estantes mortas
O
que odeias em mim é meu coração sobrevivente
A
despeito de tudo que me corrói / meus batéis
E
os périplos cujo ponto de partida é o de chegada
O
que odeias em mim é meu silêncio de espada cega
Meu
olhar aquoso quando há rios e montes imaginários
Brincando
nas minhas tardes claras desabitadas
O
que amas em mim é o futuro que a cigana leu
Meu
porvir indecifrável - eu melhorado
No
embrião de uma manhã que não vingou
O
que amas em mim é o talho de nascença na alma
Por
onde nasce, por vezes, um arco-íris / O que amas
Em
mim é o abraço a remo nesse mar sem sol.
Muito bom Leonardo.Intenso e forte.Abração.
ResponderExcluirMuito obrigado pela leitura e pelas palavras. Forte abraço!
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