Em quantas línguas é possível dizer adeus?
E quanto adeus ficou por dizer
por se ignorar que era a derradeira
chance de dizê-lo?
Em quantos poemas?
Em quantos dias de chuva?
Sob quanta luminosidade de velas?
Haverá, afinal, dentro desse corpo-mistério
que é memória, morte
alguma razão para o adeus?
Haverá, além de fonemas
“deus” nesta palavra
tão simples dura e incerta?
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